Lula com Xi Jinping: o sonho de Marx e Gramsci no Brasil
- Marcos Nicolini
- Apr 16, 2023
- 3 min read
Luciano Canfora em “La Nature du Pouvoir” me fez lembrar o “Manifesto Comunista” de Marx e Engels, quando diz que os sete objetivos da Revolução são:

1º, expropriação das propriedades bancárias;
2º, imposto com forte progressividade;
3º, supressão da herança;
4º, centralização do crédito;
5º; que se dará por meio de banco nacional e;
6º, monopolista;
7º, expansão da indústria estatal que progressivamente substituirá e eliminará a indústria privada. (pg. 11)
Neste momento me lembrei de um recorte de uma entrevista com o professor de direito que foi alçado, de modo espúrio, à ministro da economia, no qual diz que deveríamos, como fazem as maiores economias mundiais, taxar fortemente a herança. Além disso, acrescenta, que é um absurdo que alguém se beneficie de algo que não se esforçou para obter, isto não lhe fará bem (papai sabe melhor o que os filhos sobre o que lhes é melhor ou pior). Penso aqui com meus botões, como um professor de direito que não se esforçou para realizar atividades concernentes a um economista não se sente envergonhado em mal ao obter o cargo de Ministro da Economia?
Então, juntando estas duas peças, pensei na viagem à China que fez o Sr João Pedro Stedile, acompanhado do Sr Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa. Surgiu em minha mente como um relampejo a seguinte ideia.
1º - O Lula não é um cara burro, mas ardiloso e astuto como uma víbora faminta;
2º - O Lula é alguém que ama o poder e que não está mais disposto a ver o poder conquistado ser questionado e perdido por conta de detalhes eleitorais, do direito penal e constitucional e da economia nacional;
3º - O José Dirceu, estrategista de Lula, disse que o poder não se obtém pelo voto, mas se conquista, e esta conquista não pode ser descontínua, mas deve ser de uma vez por todas;
4º - O Lula é um homem que viu o que aconteceu com as economias de países que ousaram questionar o modelo econômico e político que os remetia a uma posição subalterna ao Ocidente, mormente aos EUA, como por exemplo Cuba, Venezuela, Argentina e para a qual seguem Chile e Colômbia;
5º - O Lula sabe o que todos nós sabemos, que a China é o único país no planeta que pode rivalizar com os EUA, e que tem um modelo político que comunga a mesma inspiração ideológica com a extrema esquerda brasileira: marxismo;
6º - O projeto de Lula, Dirceu, do PT e da extrema esquerda é perenizar o poder político e realizar mudanças estruturais que realizem o projeto marxista e gramscista;
7º - Lula sabe que a Dilma caiu por duas questões: primeiro, acelerou mudanças econômicas que rivalizavam com os interesses ocidentais; segundo, que tais mudanças não se fizeram acompanhar de um forte suporte econômico o que conduziu o país à quase falência, com PIB negativo, inflação de 2 dígitos, desemprego de 2 dígitos, queda na renda, etc.;
Das premissas acima traço as suposições:
Lula está alterando o procedimento de Dilma:
1º - Está correndo para garantir suporte econômico, o que poderá lhe dar alguma estabilidade política para realizar o seu real projeto de poder que passa por distanciar o Brasil do Ocidente, digo, das sociedades liberais, e estabelecer uma comunhão ideológica, política, econômica com a China: partido único, controle social e liberdade vigiada;
2º - A partir daí, promover mudanças tais que suprimam a democracia liberal em prol de uma ditadura do Partido único, supressão da economia de mercado em prol da economia tutelada pelo Estado-Partido e restringir os direitos individuais e as liberdades de expressão em prol de uma narrativa ideológica legitimada pelo Partido.
Alea jacta est



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