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A Verdade vos Libertará, do próprio

  • Marcos Nicolini
  • Jan 16
  • 2 min read

Certa dimensão da experiência religioso está no encontro do indivíduo, ou grupo, com a Verdade. No momento que este contempla a Verdade todo o resto ou passa a ter sentido no alinhamento com ela, ou deve ser suprimida por ser uma representação da mentira. Não há meio termo.


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Todos nós e cada um deve dobrar-se ao peso da Verdade. A liberdade passa a ser um dizer não a si e entregar-se ao inquestionável que liberta. A liberdade é negar-se na mesma proporção que os desejos individuais é a antítese da Verdade. E para não deixar dúvidas desta Verdade, há Espinosa, Kant, Schopenhauer para legitimar. A Verdade é expressa na Vontade Geral que combate o desejo individual. Não nos esqueçamos do amor-próprio e do amor-de-si em Rousseau, o amor que advém da propriedade e apropriação e o amor desvinculado, abstrato, livre que se entrega à Vontade Geral.

 

O movimento de legitimação do poder advoga a Verdade, enquanto oculta a mentira: a mentira que é (oxímoro, posto que a mentira nunca é, mas conduz ao não ser). Satanás não está nos detalhes, mas nas sombras, nos disfarces, nas artimanhas, nas confusões: Satanás está na Verdade que sombreia a mentira, oculta a falácia, simula de modo sofismático. A Verdade é satânica pois que exige o sacrifício: o sacrifício de si como o necessário ato de subsumir-se no comum.

 

A Verdade arregimenta, reúne, aglomera, unifica, substancializa. A Verdade é rocha estável e medida de toda palavra, toda ação. A Verdade é o fundamento daqueles aos quais ela se revelou insofismaticamente. Os que foram abalados pela Verdade não apenas a reconhecem, como reconhecem-se e irradiam nos incautos com a legítima de sua própria realidade. A Verdade é padrão e medida de existência comum, que está sobre o direito e a lei. A Verdade funda a justiça que se substancializa-se como lei. A lei sempre estará subordinada a ela e a todo momento será por ela reinterpretada, ressignificada, atualizada, sem que o texto fixado como grafia precise ser alterado.

 

A lei flutua sobre a Verdade, a qual, a cada momento realiza sua atualidade.

 

Trocando em miúdos.

 

Platão, na República, diz que sem a mentira não há Governo, isto é, o Filósofo-Rei terá a seu dispor o dever de mentir;

Maquiavel ecoará este mantra;

Também o fará Freud em Mal-estar na civilização.

Norberto Bobbio nos ensinará que a Razão de Estado é um instrumento legitimado do poder.

O que dizer dos trabalhos de Foucault: metafísica do poder, por exemplo

Giorgio Agamben em Estado de exceção apontará para este dispositivo da lei, de toda lei, das Constituições, este dispositivo do poder.

 

Trocando em miúdos: o Grande Produtor de mentiras é o Estado. Quer saber da mentira, ouça o Estado e seus aparelhos de Propaganda. Toda vez que eles disserem “fulano produziu Fake-News” estejam certos que estão mentido e seus planos foram revelados. Os que dizem combater as Fake-News, são aqueles que falam a Verdade.

 

O conluio STF, Executivo, Redes de Jornalismo e Intelectuais são os arautos da Verdade, e quem com eles não ajunta, são desmembrados, Amém.  

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