VONTADE LIVRE E AMOROSA

Por que algo, no lugar de nada?

Decisão de uma Vontade Livre que diante de tudo que cria, Ama, anecessariamente.

Amou sua Vontade Livre e Amou o que esta estava por criar.

Ainda era nada, apenas Vontade Livre, quando Ama.

Amou o caos de uma Vontade Livre, potente e disforme, cuja forma foi dada pelo Amor.

A potência desta Vontade Livre Amorosa fez-se em criação

A potência advém daí, desta Vontade Livre Amorosa e o nada se faz criação.

A Liberdade faceou nada como um Espírito que está sobre o abismo;

A Vontade a potência da Paternidade que faz vir o existente;

O Amor a criação pela Palavra que diz.

Criou o intangível e o tangível: o tempo, a justiça, a paz, a misericórdia, a verdade, a sabedoria, o acolhimento, o altruísmo, etc., a luz, a terra, o ar, os seres viventes, etc.

Contudo, permanece ainda mais original do que esta Vontade Livre Amorosa.

Identifica-se enquanto transcende tais.

Arrogante! Presunçoso!

Quem sou para dizer tais coisas?

Poder-se-ia dizer que me arrogo ao pretender adentrar no obscuro, no incognoscível, no inapreensível.

Mas, simples humano apenas pretendo encontrar uma ordem para mim, ainda que saiba que tal não é de fato.

Um desenho imperfeito como eco daquele que disse: “se os céus dos céus não podem lhe conter, como pode este tabernáculo humano e temporal arrogar-se a tal feito?”.

Nas ciências chamamos de heurística, mas de fato é pareidolia: reconhecer nos afetos o que sabemos que não o é de fato.

Fatiche, diria o filósofo.

Mentimos? Jamais.

Iludimo-nos? De forma alguma.

Cremos? Ser atingidos pelo que Cria.

Fazemos o que fazemos quando nos encontramos com o inapreensível: participamos da criação, com desejos condicionados e egoístas que é afetado pela Vontade Livre e Amorosa.