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Antimanência

  • Marcos Nicolini
  • Nov 15, 2021
  • 2 min read

No indizível Nada

Diante do qual do Nada nada podemos teorizar,

- Silêncio -,

Brota a Vontade, o Amor e a Liberdade

Como fizeste brotar tais coisas?

Como o saber?

Brotou em mim, porém, a fé, a esperança e o amor.

ree

Antes do princípio

A Vontade,

O Amor,

A Liberdade.

A Vontade amorosa e livre não é necessária

Não se deixa prostituir, enganar e ser servilizada pela causalidade necessária do imanente.

O Amor acolhe o que a Vontade potencializa;

A Liberdade torna ato real a vontade amorosa.

A Liberdade que não ama e se alinha com a vontade, é violência e destruição

A Vontade é tirania sem o Amor que liberta o outro

e

o Amor é apropriação egoísta que aprisiona a vontade do outra à sua.

Então,

No princípio era o caos

Do ventre, do mais profundo caos é o existente,

a criação de tudo que passou a ser existente.

Sem o caos ser não há o ser!

Deste lugar escuro e inescrutável pariu a luz e a vida

Inseminação, gestação e parto do que há-é

Com tudo o que se há-é de mais valoroso.

Mas no caos o caos se mantém como brotar-envelhecer-morrer

Sem que antes possa sensibilizar uma vontade que ama livremente.

No caos a luz e a vida sucumbem no abismo profundo da morte

Como que o ser fosse aborto da inexistência.

O Espírito paira sobre a face do abismo

Então, juntamente com a efervescência e com a explosão do que haveria

Da Vontade de fazer vir a ser na existência o ser existente

Do amor que acolhe e quer preservar sem possessividade

Mantendo livre para ser existente

Da causação da Vontade Livre e Amorosa que fez brotar do caos

Como se o caos e a ordem fossem unicéfalos e amantes

Surge a relação que se preserva no tempo: o tempo marcado pela origem

Com o Caos a Precisão, a ordem

Com a explosão uterina, as relações precisas

Que tornam a vida não um lampejo de paixão

Mas um acolhimento repartido

Como a água que surge da fonte e se entrega ao sedento

Assim a origem se entrega como vida repartida.

Então, se ouve dizer:

Amei o que minha vontade livre trouxe.

Qual o ser que trouxeste à existir?

O originário repartido;

O caos que se deixa preservar;

O movimento do gênesis e a continuidade;

O ser e o existente;

O útero inseminado em vida

O brotar e o deixar-se capturar nas estações

A mulher e o homem.

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