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A morte do passado

  • Marcos Nicolini
  • Sep 27, 2023
  • 1 min read

Alguém acredita em você? Não!


Você acredita em você? Você certamente sabe que suas palavras são um jogo maléfico e intencional. Você não acredita em você pois se há alguma verdade em você é aquela que você sabe que o que diz não encontra qualquer verossimilhança a qualquer coisa real, possível, verificável.


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Mesmo quando acena ao vazio, você sabe que todos estão lhe dando adeus com a ausência verdadeira.


Você cita dados propositalmente errados, todos lhe devolvem com risos nervosos e contestatórios.


Você descreve fato improváveis, todos comentam os absurdos e abusos narrativos.


Você furta o que é dado gratuitamente e não se envergonha da vileza.


Você é protegido por uma legítima nefasta, doentia e suicida, mas, como diz o poeta, “até quando José?”.


Cada vez mais de você se aproximam dos que são rapina e se afastam até mesmo aqueles que poderiam utilizar-se vantajosamente de tal proximidade. Afastam-se todos quando uma imagem pública da proximidade se requer. Afastam-se todos que sabem de seu sentido fraudulento e vil.


Na foto apenas saem contigo os que são o mesmo em corpos distintos, como amigos anti-amigos de Montaigne, almas que planejam o mal absoluto e radical.


O mal foi anterior ao mal e a este sucedeu, como quem diz que um abismo chama abismo que chama abismo.


Seu fim é este buraco, a cova que cava em solidão mortal. Amém!

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